Quinta-feira Santa – 1 de abril de 2021
A celebração de Quinta-feira Santa é realizada com uma liturgia própria, que pode ou não incluir a o rito do Lava-pés. Se for realizado o rito do Lava-pés devem ser usadas as leituras do Ano A, caso contrário encontramos leituras diferenciadas e nesta diferenciação o Evangelho escolhido para este é a narrativa de S. Marcos.
Na simplicidade da narrativa de S. Marcos encontramos as instruções dadas por Jesus aos seus discípulos para prepararem a celebração da festa dos pães sem fermento. Eles foram e cumprindo as instruções prepararam a ceia da Páscoa. Ao cair da noite Jesus chegou e sentou-se à mesa com os discípulos.
Durante a ceia, Jesus pegou no pão, deu graças a Deus, partiu-o, deu-o a comer aos discípulos e disse: tomem, isto é o meu corpo. Depois pegou no cálice, deu graças a Deus, passou-o aos discípulos e todos beberam dele. E disse-lhes: isto é o meu sangue, o sangue da aliança de Deus, derramado em favor da humanidade.
É desta maneira que S. Marcos, que não fazia parte dos doze que se sentaram à mesa com Jesus, nos descreve o que lhe transmitiram sobre a instituição por Jesus do Sacramento da Sagrada Eucaristia.
S. Lucas, que escreveu a sua narrativa evangélica depois de averiguar cuidadosamente tudo o que se passou, diz-nos que Jesus, depois de distribuir o pão, acrescentou: façam isto em memória de mim.
Celebramos no dia de Quinta-feira Santa a instituição do Sacramento da Santa Eucaristia. Um memorial que se faz presente no pão e vinho consagrados, o alimento espiritual do Corpo e Sangue de Cristo, crucificado, morto e ressuscitado. O alimento espiritual que alimenta e fortalece a nossa fé.
Terminada a instituição do Sacramento Jesus saiu com os seus discípulos para o Monte das Oliveiras onde se iria iniciar a Paixão de Jesus.
A liturgia da Igreja Lusitana recomenda que a Celebração de Quinta-feira Santa termine com o Salmo 22 Angústia e Esperança do Justo e com a antífona: Repartiram as minhas roupas entre eles e tiraram sortes sobre a minha túnica.